Sinking

*tirando o pó e as ferrugens do blog* Desculpem meu sumiço...



Você já teve a sensação de estar sendo sugado
Cada vez mais fundo
Cada vez mais escuro
Sugado por uma força mais forte que você mesmo
Uma força que vem de dentro de si
Da sua alma
Do seu espírito?
Diga-me
Já sentiu isso?
Por acaso você já sentiu
Seu coração
Batendo pesadamente
Como se cada batida fosse a última?
Como se cada respiração estivesse entrecortada
Por soluços silenciosos?
Já sentiu isso?
Você, alguma vez na vida,
Desejou que algo acontecesse
De verdade?
Do fundo do seu coração?
Alguma vez já chorou por causa disso?
Ou rezou para que isso se tornasse realidade o mais rápido possível?
Responda-me!
Seja sincero!
Já sentiu isso?!
Então fala para mim:
O que você desejou tanto?
Uma viagem,
Um objeto,
Um momento,
Alguém?
Dói não dói?
Sufoca...
Mas ao mesmo tempo que machuca
É algo que te deixa vivo
Faz-te querer aguentar cada segundo de agonia
Para que no final,
Quando chegar a hora,
A sensação seja 100% verdadeira.
E nesse exato instante
Estou com um desejo alojado em meu peito
O maior que já senti em toda a vida
Algo que cresce a cada nova manhã
E adormece comigo a cada noite.
Como um novo monstrinho em mim
Mas esse é bom
Ou não...
É um monstrinho que fica ali,
No canto,
Quietinho,
E ronrona alto quando eu o chamo
É como um gatinho mesmo
Independente, charmoso
Mas muito carente
E de tempos para cá
Ele vem me arranhando com tanta força
Que acordo no meio da madrugada
Arfando
Ardendo
Chamando por ele
Ele quem?
Alguém...
Quem ajudou o gatinho a existir...
Mas está tão longe
Inalcançável por enquanto
E tenho que abraçar o travesseiro
Como se fosse o corpo de outra pessoa
Esperando que o calor do lençol
Se iguale um pouco ao calor do corpo
Mas o perfume não é o mesmo
A sensação não é a mesma
Nem se iguala
Nem chega perto
E agora?
O que fazer?
Como dormir desse jeito?
Ouvindo o gatinho miar triste,
Sozinho...
Ele quer carinho
EU quero carinho
E esse tempo não passa
Os dias se estendem
Infinitamente
Fico à espera
De um chamado
De um milagre
Daquela voz
Do toque
Do gosto...
Mas por enquanto terei de ficar aqui
Afundando
Afogando-me
Afogando em meus próprios desejos
Proibidos ou não
São tão verdadeiros quanto meu nome
Tão verdadeiros quanto o Sol e a Lua
Tão verdadeiros...
Que dói.
Vem...
Vem para mim. 

“Quantas vezes não se reacendeu o fogo
Do antigo vulcão
Que julgávamos velho?
Até há quem fale de terras queimadas a produzir mais trigo na melhor primavera
É quando a tarde cai, para que o céu se inflame
o vermelho e o negro não se misturam
Não me abandone”

[Ne me quitte pas]  

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1 diamonds:

  1. hm, vou comentar só pra vc ficar feliz-brinks
    fala o que?
    mais uma vez seu texto tá perfeito e parece se encaixar perfeitamente em mim.

    as dores, as perdas, a saudade nós fazem amadurecer.

    beijoos!

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