Às vezes eu me pego pensando: por que não podemos viver sem ter que fazer tantas escolhas? Claro que sei que a vida é feita delas, mas tem horas que isso parece injusto. Seria tão mais fácil se pudéssemos ter tudo, sem necessariamente deixar algo - ou alguém - para trás quando dermos um passo para frente. Ou se fosse possível escolher sem magoar ou atingir outras pessoas.
Tudo começa na infância: o que você quer ser quando crescer? E mesmo quando estamos crescidos, essa pergunta continua nos perseguindo. Não adianta responder "quero ser eu mesmo, com tudo aquilo que me faz feliz", porque isso é impossível. Infelizmente. Para se ter a casa dos sonhos, é preciso ter um emprego bom e um salário idem; e o dinheiro se torna indispensável, pois com ele é possível comprar tudo: a casa, carros, viagens, e algumas vezes até o amor - e esse tipo de "negócio" é algo repugnante que existe em massa no mundo atual.
Nem preciso comentar que a própria sociedade exige isso - as escolhas. Exige e ainda se acha no direito de julgar. Se a pessoa decide não trabalhar: é vagal; se escolhe a carreira X ao invés de Y por causa do salário, é interesseira; se quer ser escritora, cantora, atriz, modelos, enfim, uma profissão "autônoma" [ninguém é 100% independente], é chamada de fútil - ou algo pior. Temos o péssimo hábito de apontar os problemas e defeitos alheios e tapar os olhos para os nossos.
Sei também que cada escolha que fazemos no dia-a-dia, por mais simples que pareça, alteram todo o conjunto da obra: uso a caneta preta ou azul? Tomo chá ou café? Filme ou livro? Televisão ou computador? Calça ou vestido? Escolhemos cores, sabores, cultura, tecnologia, roupas, emprego, amigos, sonhos, futuro, e aqui estamos nós: pequenos seres em um universo tão grande, maior que nossas desejos e mais longo que nossos pensamentos.
Comecei esse texto reclamando que fazer escolhas é injusto. Mas é totalmente necessário. Afinal, se não existisse o livre arbítrio, nós não existiríamos - já que tudo começou quando Eva comeu a maçã e povoou o Éden [ok, melhor eu parar por aqui antes que comece a criar teorias malucas].
Por escolha decidi escrever esse desabafo ao invés de continuar o que estava fazendo. E você, por livre arbítrio, leu tudo o que escrevi. Não sei se concordou comigo, e mesmo assim agradeço, por ter gastado alguns minutos com minhas palavras digitadas.
E claro, fica a seu critério comentar ou não ao terminar de ler tudo. Não importa qual seja sua decisão final, saiba que fiquei feliz que tenha de "ouvido" desabafar.
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adorei o texto Dora, vivo pensando isso!
ResponderExcluircada vez melhor,hein?
beijoos!
Depois do texto deu mais vontade ainda de seguir aquela carreira(?)! Hahaha.
ResponderExcluirMuito lindo, textos reflexivos são ótimos por fazerem o leitor pensar!
Lindo, lindo, lindo, parabéns *-*
Beeeeeijos :*
Oi Twin
ResponderExcluirEu penso muito nisso também... como são dificeis essas escolhas... =/
É tudo assim, vários caminhos, um só acessivel... e nem sempre aquele que escolhemos é o melhor...
mas sabe Twin, ainda podemos fazer o melhor possivel
por isso como amiga
eu escolhi você
um beijo
http://ondevaoasnuvens.blogspot.com
O homem estava bem, no seu sedentarismo rochoso (dentro da rocha, na caverna), por que não nele permaneceu? Maldito foi o dia em que um filho da puta completamente analfabeto acordou e pensou consigo (numa linguagem mental, a qual é de posse de todos, independentemente da escola): "Hoje eu vou foder a humanidade"... Desde então temos que tomar decisões... Desculpa, Dora, mas também precisava desabafar... rs
ResponderExcluirOOii
ResponderExcluirAmeei o blog , é muiiiito lindo ...
Seguindo aqui !!
Visita e segue tá ? http://vida-nas-passarelas.blogspot.com
Beeijos
Aceito siim parceria , vou pegar o link agora é só pegar o meeu !!
ResponderExcluirBeeijos