Wallflower

Wallflower: uma pessoa que, por causa de sua timidez ou falta de um parceiro, permanece de lado em uma festa ou dança. 
Qualquer pessoa que fique de lado ou seja forçada a ficar à margem de qualquer atividade. 


Contém spoilers! 



                    É difícil falar de um livro [e de um filme] que você gosta muito. Porque, ao mesmo tempo que gostaria de falar sobre todos os aspectos que mais gostou, ou das partes que te fizeram rir e chorar, você quer apenas dizer para todas as pessoas lerem e assistirem a ele. 
    
"É estranho descrever a leitura de um livro como uma experiência maravilhosa, mas foi o que eu senti."

   Estou me sentindo assim. Ontem eu assisti o filme As Vantagens de ser Invisível [The Perks of being a wallflower], e hoje terminei de ler o livro. E estou surpresa, porque deve ser a primeira vez que eu não sei direito o que dizer sobre nenhum dos dois.
    

    Acho que o que mais me surpreendeu no livro foi o fato de que, apesar de ser narrado em 1ª pessoa, em nenhuma hora a narrativa se tornou cansativa, nem chata e muito menos desinteressante. Não é um diário de um adolescente. São cartas que ele envia a um amigo, contando sobre as coisas que acontecem. E a suavidade com que o Charlie conversa com você, o amigo que recebe as cartas, é algo que cativa. Não tenho outra palavra para descrever. Mesmo quando o assunto é um tanto complicado, ou quando a tristeza do Charlie é grande demais, ele não muda o tom de voz. É sempre um volume de segredo, como se as palavras dele pudessem ser ouvidas e ele tivesse medo que mais alguém, além de você, soubesse.

   Claro que o Charlie, sendo um adolescente de 16 anos, passa por algumas fases típicas dessa época, como o primeiro dia no ensino médio, o primeiro encontro, o medo de ser rejeitado pelo grupo de amigos. Mas tudo isso é contado de uma maneira gostosa, e não como um diário de uma garota da mesma idade escreveria.

     O Charlie também não é o típico aluno rejeitado do colégio, o nerd que não conversa com ninguém e é invisível para os outros. Ele tem motivos além desses para agir desse modo, mesmo que nem ele saiba exatamente quais são.



Sua vida começa a mudar desde quando ele tinha apenas 7 anos, depois de perder uma pessoa importante demais. Por um tempo, essa parte da vida de Charlie é escondida por ele mesmo, que prefere não tocar no assunto, pedindo desculpas ao amigo e dizendo que escrever sobre aquilo o traz muita tristeza. E também aos 15 anos, quando seu melhor amigo se suicida. [desculpem o pequeno spoiler, mas isso é dito na primeira cena do livro] 


A atuação do Logan Lerman [o Charlie], do Ezra Miller [o Patrick] e da Emma Watson [a Sam] foram impecáveis. Foi como se, literalmente, tivessem tirado as personagens do livro e criado pessoas que se adequassem perfeitamente ao papel. Eu nunca tinha visto nenhum filme com esses garotos, nem mesmo O Ladrão de Raios, estrelado pelo Logan. Descobri então dois ótimos atores, que atuaram com naturalidade até em cenas constrangedoras. E a Emma me fez esquecer da Hermione durante o filme inteiro, o que demonstra que ela está se tornando cada vez mais uma atriz muito competente.

Os três personagens são intensos, complicados e vão além da “chatice” comum dos adolescentes de colegial que os filmes mostram. E a amizade estabelecida entre eles faz você se sentir um deles. Pode parecer clichê demais dizer isso, mas foi o que eu senti enquanto lia, e ainda mais enquanto assistia ao filme. 



Melhor eu parar por aqui antes que eu solte spoilers maiores. Só posso dizer o quanto estou feliz por ter lido esse livro. Obrigada Mari.

Separei também algumas frases do Charlie que mais gostei. 




“Querido amigo,
Estou me sentindo ótimo! De verdade. Tenho de me lembrar disso na próxima vez em que tiver uma semana ruim. Já aconteceu cm você? Já se sentiu muito mal, depois tudo passar e você não saber por quê? Eu tento me lembrar, quando me sinto ótimo como agora, que haverá outra semana terrível algum dia, então procuro guardar o maior número de detalhes que posso, e assim, na próxima semana terrível, vou poder lembrar esses detalhes e acreditar que vou me sentir bem novamente. Não funciona muito, mas acho muito importante tentar.”

 "Então, eu acho que somos quem somos por muitas razões. E talvez nós nunca saibamos a maioria delas. Mas mesmo que não tenhamos o poder se escolher de onde viemos, nós ainda podemos escolher onde iremos. Ainda podemos fazer coisas. E podemos tentar nos sentir bem com elas."



*     *      *

Acho que esse texto ficou péssimo, porque eu não quis falar de tudo para não ficar cansativo, e também porque eu não queria fazer mesmo uma resenha crítica. Só quis falar de algo que gostei demais. 

Espero que, mesmo assim, tenham gostado e espero ter acendido uma pequena curiosidade em vocês. Leiam o livro, e assistam ao filme. A ordem não importa, porque ambos são lindos. 



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  1. Dear! Adorei tudo o que você disse.
    Acho que esse filme e esse livro também me fizeram sentir "infinita" naquele momento.
    Eu fico muito feliz que você tenha gostado
    É sempre bom ter você pra compartilhar os sentimentos
    Um beijão

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