Era uma guerra. Eu ouvia os
tiros de canhão explodirem por todos os lados, os gritos dos soldados e outros
barulhos. Alguns homens tentavam se esconder entre as árvores, e mesmo assim
ainda eram atingidos. E eu corria entre eles. Era noite, estava frio, e eu
precisava encontrar alguém. Não o encontrava em lugar nenhum e já estava me
preparando para o pior. Mesmo assim, não desistia. Ouvia muitos homens gritando
comigo, mas os tiros abafavam qualquer ordem que me davam.
Há quem diga que sou estranha,
ridÃcula, anormal e que até mesmo viva num mundo particular. Há também quem
fale que isso é bom para mim, essa minha capacidade de gostar de tudo e de nada
ao mesmo tempo. Há quem estranhe minhas manias, meus gostos, meus escândalos,
minhas iras, meus choros. Mas e daÃ?
Eu mesma não sei me definir. Às
vezes sou quieta, outras falo sem parar; tem horas que eu quero chorar e outras
que quero chorar de rir; gosto do silêncio, mas também gosto de música alta e de
sair dançando pelo quarto; gosto de coisas coloridas e fofas, mas também sei
ser séria quando é necessário. E assim eu vou vivendo.
Para os outros eu posso mesmo
parecer estranha, um tanto bipolar talvez, e eu não me importo. Não dou a
mÃnima. Porque eu amo ser assim. Eu prefiro ter rugas nos cantos dos olhos por
sorrir demais, do que ter vincos na testa de preocupação. Eu gosto de cantar
[no chuveiro, no quarto, na mente], eu gosto de dançar [na sala, na cozinha, no
escuro], eu gosto de conversar [alto, por mensagem, por pensamento], e eu gosto
de tudo isso assim mesmo, junto, misturado, embaralhado, tudo querendo sair ao
mesmo tempo de dentro de um corpo de um metro e 54.
Eu sou assim. Eu gosto de ser
assim. E a opinião de ninguém vai poder me mudar.
Porque eu sou ridÃcula. Mas eu me
orgulho disso.
Demorei, mas aqui está um pequeno texto sobre como foi o show. Não contei tudo, afinal, nenhuma palavra seria capaz de descrever tudo que senti ou tudo que se passou lá. Espero que mesmo assim, gostem do meu pequeno relato. ^^'
Só peço gentilmente que, se forem retirar alguma parte do texto, foto ou os vÃdeos, que deem os devidos créditos. Obrigada.
Só peço gentilmente que, se forem retirar alguma parte do texto, foto ou os vÃdeos, que deem os devidos créditos. Obrigada.
Wallflower: uma pessoa que, por causa de sua timidez ou falta de um parceiro, permanece de lado em uma festa ou dança.
Qualquer pessoa que fique de lado ou seja forçada a ficar à margem de qualquer atividade.
Contém spoilers!
É difÃcil falar de um livro [e de um filme] que você gosta muito.
Porque, ao mesmo tempo que gostaria de falar sobre todos os aspectos que mais
gostou, ou das partes que te fizeram rir e chorar, você quer apenas dizer para
todas as pessoas lerem e assistirem a ele.
"É estranho descrever a leitura de um livro como uma experiência maravilhosa, mas foi o que eu senti."
Estou me sentindo assim. Ontem eu assisti o filme As Vantagens de ser InvisÃvel [The Perks of being a
wallflower], e hoje terminei de ler o livro. E estou surpresa, porque deve
ser a primeira vez que eu não sei direito o que dizer sobre nenhum dos dois.
Já era hora de sair da cama. Aliás, já
passara da hora de sair do quarto abafado, pouco iluminado pelo sol forte que
entrava pelas frestas da janela. Deu um pequeno gemido e virou de costas para a
janela, tentando fugir da claridade que incomodava. Cobriu o rosto do com o
travesseiro, mas o sono havia ido embora há muito tempo, correndo da luz e se
refugiando até a noite chegar. Mais um resmungo. Mais uma revirada no lençol
todo amassado aos pés. Que horas são? Será que já passou a hora de almoçar?
Procurou o celular dando tapas pelo
colchão. Dormira ouvindo música, os fones de ouvido se enrolavam em seu pulso,
e o pequeno aparelho ainda tinha bateria para continuar tocando a lista
comprida de músicas que mais gostava. 13:52. Merda. Perdi completamente a hora.
Merda!
Sentou-se no colchão, os músculos
cansados reclamando do súbito esforço. Os ombros latejavam, como em todos os
dias. Esticou-se, ouvindo os estalos dos ossos dos braços, costas e pernas e
fazendo uma careta de dor ao sentir que não conseguiria relaxar tão rápido.
Os pés quentes no chão frio lhe
causaram um arrepio, e quase se deitou de novo. Mas não podia, já era tarde e
precisava fazer algo além de ficar no quarto. Precisava se alimentar, beber
café, fazer xixi e outras coisas normais.
Cambaleou até alcançar a janela e,
fechando os olhos com força, abriu-a. O sol era ainda mais forte do que pensou,
tento que virar o rosto para diminuir o desconforto que a luz lhe causara.
Merda merda merda!
Saindo do quarto, encontrou a casa em
silêncio total. Nem os pássaros, que geralmente ficavam no jardim o dia
inteiro, estavam lá. Daqui a pouco um zumbi aparece para me matar, pensou. Foi
ao banheiro, lavou-se, fez xixi e se olhou no espelho. Nossa. Como o cabelo
consegue encontrar tantos jeitos de ficar desarrumado daquela maneira? E essas
olheiras? De onde surgiram e por que a cada dia ficam ainda mais escuras?
Não tinha como saber. Tomou um banho
rápido, pegou a mesma roupa que usara no dia anterior e se vestiu sem pressa.
Não iria a lugar nenhum mesmo. A cozinha estava arrumada, como havia deixado
antes de ir dormir de madrugada. Pegou alguns lanches para comer, porque já
estava tarde para almoçar e, sobretudo, estava com preguiça de fazer arroz e
feijão. Era muito mais fácil comer pão, bolachinhas e qualquer coisa que não
demorasse mais de um minuto para ser preparado. Só tinha vontade de fazer café,
e por isso encheu a cafeteira e pegou sua xÃcara preferida para servir-se.
Andou pela sala pensando no que iria
fazer no restante do dia. E logo depois outra pergunta surgiu: por que ainda se
dava o trabalho de tentar fazer algo diferente, se sabia exatamente o que iria
fazer? O mesmo de sempre. Nada.
Não tinha amigos a quem ligar. Não
estava num relacionamento. Morava longe da famÃlia, e sim numa cidade pequena,
calma e sem lugares interessantes para ir. Já havia visitado todas as
cafeterias e bibliotecas. As pessoas daquela cidadezinha eram iguais a ela:
quietas, fechadas, não queriam saber de nada nem ninguém de fora. Por isso,
preferia ficar em casa o dia inteiro.
Tomou um gole do café quente e forte,
quase cuspindo o lÃquido. Esqueci de colocar açúcar. Mas tudo bem, precisava
manter-se de pé. A calça do moletom arrastava por baixo de seus pés, e a camisa
velha e furada era apenas um tecido para proteger-se do clima um tanto frio que
aquele lugar tinha. O sol poderia estar brilhando, mas sempre havia aquela
brisa gelada que lhe davam arrepios.
A casa inteira abrigava aquele frio,
mas era confortável. Impecavelmente arrumada, todos os móveis alinhados, limpos
e sem um arranhão. Não havia insetos ali, além das formigas. Pragas que nunca
somem. Só um canto da residência era diferente: sua mesa de trabalho. A toalha
a cobria, os livros e papeis se espalhavam, várias anotações e rabiscos jogados
pelo chão, as canetas se perdiam entre aquela bagunça que achava organizada.
Ninguém iria me entender se eu dissesse
que eu trabalho muito melhor desse jeito.
Suspirou, enchendo a xÃcara com mais
café e pegando duas fatias de pão da torradeira. Preciso me alimentar melhor.
Mas logo afastou o pensamento, pois ouvia a voz da mãe gritando que com aquela
alimentação iria ficar doente.
Hora de trabalhar.
Ligou o notebook, esperou a conexão da
internet, abriu apenas um site e começou a ler os comentários que haviam lhe
deixado.
Escrevia um texto todos os dias, quase
religiosamente. Vez ou outra deixava o blog vazio para fazer seus leitores se
perguntarem onde poderia ter ido para desaparecer de repente. Era algo legal de
se fazer.
Um sorriso fraco aparecia em seus
lábios ressecados. Gostava do que as pessoas lhe diziam. “Você é incrÃvel!
Continue escrevendo!”. “Você me inspira a ser melhor, obrigado.”. “Queria saber
de onde vem sua inspiração para escrever tão bem.”.
Engraçado... nem eu sei de onde tiro
essas ideias. Olhou para os livros de poesia, contos e crônicas, jogados pela
mesinha. Talvez aqueles grandes nomes fossem sua inspiração.
De vez em quando se perguntava por que
escrevia. Talvez fosse para preencher algum tipo de vazio. Ou talvez para poder
dizer tudo aquilo que não poderia falar em voz alta. Era mais fácil se esconder
por trás de um blog, de uma assinatura falsa, do que ser alvo de julgamentos de
uma sociedade cruel. Sou covarde mesmo, e daÃ?
O que deveria escrever para hoje? Um
texto motivacional, do tipo “Levante cedo da cama e faça exercÃcios fÃsicos!”?
Ou talvez uma carta de amor, cheia de juras eternas, que fariam suas leitores
suspirarem e comentarem “Gostaria de viver um romance como o seu.”. ou talvez
um texto triste, mas com uma mensagem de autoestima no final. Eram tantas
opções clichês que não sabia por onde começar.
Ou devesse contar de uma vez a
verdade: não fazia exercÃcios fÃsicos, muito menos acordava cedo. Não namorava,
nem tinha a mÃnima vontade de conhecer o amor eterno. Se é que ele existe,
pensou rindo e terminando de comer a torrada já fria. Tampouco poderia escrever
um texto dramático com um final feliz. A vida não é assim. A vida nunca seria
fácil desse jeito.
Mas não podia tirar aquela máscara de
felicidade, amor e autoestima que passava aos leitores. Afinal, não era para
isso que servia? Não escrevia para levar essa alegria aos leitores? Não tinha
uma lista de objetivos de vida, muito menos desejos infinitos para antes de
morrer dizer: fiz tudo o que quis, pode me levar Dona Morte.
Apenas... escrevia. Gostava dos dedos
viajando sozinhos pelo teclado desbotado do notebook, o barulhinho único que a
barra de espaço criava, as vezes em que suas unhas curtas ficavam tamborilando
enquanto pensava na próxima palavra, na próxima linha... Era sua paixão, afinal
de contas.
Sentia prazer em escrever. Não um
prazer sexual. Mas sim, aquele tipo de prazer que se sente quando se faz algo
que adora. Como tomar café puro comendo torradas, ouvir músicas antes de
dormir, dançar no escuro para não ficar com vergonha dos movimentos
desengonçados que fazia, gritar no meio da noite por causa da insônia. Eram
coisas fúteis que adorava fazer. Por que então abandonar tudo? Ou ficar se
perguntando sempre: por que faço isso?
Estralou os dedos e o pescoço. Abriu
um novo documento no Word. A barrinha preta piscando lhe fez sorrir.
Tema de hoje: o que me faz feliz.
Mesmo que não fosse plenamente feliz,
mesmo que não amasse ninguém no mundo e vivesse numa cidade perdida no mapa,
queria criar a ilusão de que era diferente. De que era como todo mundo. Igual a
todos os que liam seus textos.
Afinal, não é para isso que escritores
servem?
[First of all, I already apologize for any wrong word.]
I started reading Vampirates in 2008, when I won two books as gift. And I fell in love at the first time I saw the books at the bookstore, so my friends gave it to me. The best gifts I could ever gain, for sure.
After reading Vampirates, the other books didn’t call my attention. Of course, there is many of amazing histories, really good series, but nothing compared to Vampirates for me. Since I was a kid I love fantasy series, like Harry Potter. And Vampirates came to my life when I had 15 years. So, I can say that is my favorite teenager serie.
So, since 2008, I have this huge love for Justin Somper’s books. When a new book arrives at the bookstore, I read the previous again, to remember all the details and the richness of the history. The writing is light, you really sink in the pages. And just can’t stop reading. [I remember I read the 3rd book in one day!!].
I wainted almost two years until Empire of Night arrive in Brazil. And when I saw it at the same bookstore, I truly almost cried. Of happiness, of excitement, everything! And now I’m reading Black Heart for the second time! By the way, when I finished reading it for the first time, I sent Justin Somper a tweet, and he replied me!
What I can say about Vampirates serie? It’s amazing! Perfect! Makes you dream in reality. And you get addicted to it!
I wrote one book too, but it’s not published [yet]. It’s called Princess Pirate, and I must say that Vampirates gave me strength to write.
I don’t even know if Justin Somper will read this simple text I wrote. But I made this to let everybody knows how much I LOVE Vampirates. I wish I could meet Grace, Connor, Darcy, Lorcan, the Vampirate Captain, Mosh Zu, Cheng Li, Molucco Wrathe… But I’m really afraid of Sidorio!
Well, I guess I said it all. Justin Somper, thank you very much for changing my life with Vampirates. Hope to see more of your books really soon! And please, come to Brazil!
From your trully fan.
[Desculpem qualquer erro de inglês. Estou enferrujada, e escrever em inglês enquanto se chora é ainda mais difÃcil...]
in a few days you will go to army. I know it's something you can't avoid, but I'm still sad for this.
I met you in 2009, and you and Super Junior are now a big part of my life, an important part. And ever since I call myself an ELF, your tears and smiles make me do the same.
I can't imagine Super Junior without you. Sorry for saying this, but I just can't. I know they will be ok, we [ELFs] will take care of them for you. It's a promise.
It may be impossible that you'll read this letter, but I just had to write down all this words. It's not everything I wished to say, but it won't be enough either.
With all the tears I droped while writing and thinking about you, I realized how much I love you. LeeTeuk, you werr the first one who I've cried for going to army. The others made me feel sad, but you will leave a big space in my heart. Again, I'm so sorry for saying it.
"But don’t cry over the empty space that I left" [Only U]
Please don't worry about my tears.
This 2 years will pass really fast, you'll see. Your members will keep the great work as Super Junior and you'll be proud of them! We ELFs will keep looking foward them, and we'll wait for you oppa!
You are a great leader, a great person, and will be a great soldier!
Oppa, please, take care of yourself. Stay healthy ok?
And if you be sad, look to the sky. Different places, same sky, remember?
"The same sky, different place.
We’re separated for now
for this instant, something to never forget
Please remember" [Only U]
And above everything, it's not an End, it's an AND.
I love you LeeTeuk oppa. I'm your ELF and your angel, forever.
"That you’ve got old already because i make you worry so much, don’t say such things
No matter how i look at it, to me there’s no one in this world that is as beautiful as you are (don’t say such things either)
I don’t know why you keep staying with me. Also, i’m sorry because i fall short to you
Just believe me. I, I will do well " [From U]
ELF will wait for you leader. Always will.
"The days of mere beauty, with the mere good things that you and i, we two used to see together, eat together, hear together, cry together, laugh together
Thank you for standing by me, believing in me so that i wouldn’t collapse, really thank you
Baby .. Baby, let us never break up
Oh my lad.. Y, i really love you
Shawty .. Shawty, it’s only you, the one that i chose
Even my tears, even my little smiles.. Do you know?
They all come from you
Always, i thank you and i love you" [From U]
[esse foi realmente um pesadelo que eu tive, só inventei as falas. Não estou 100% satisfeita com a narrativa, mas não encontrei outra maneira de escrevê-lo. Enfim, espero que gostem e que não tenha ficado confuso.]
A guerra estava acontecendo à minha volta enquanto eu apenas observava. A floresta estava cinza, coberta de uma fina neve suja que caÃa do céu que bombardeava tudo com seus aviões. Eu ouvia gritos agonizantes por ajuda, pessoas morrendo, homens correndo entre árvores secas procurando mais algum corpo para abater. Não sabia por que eu estava ali, qual era meu papel naquele pesadelo. E então eu o vi andando sozinho, assustado, olhando para trás para ter certeza de que não estava sendo seguido.
Seria aquele soldado um mocinho ou um vilão? Não tinha como eu saber. Minha visão começou a ficar embaçada, fui ficando confusa. E mesmo assim eu ainda o enxergava se esgueirando entre valetas e buracos. Tentei segui-lo, mas meu espÃrito estava suspenso e eu não conseguia me mover.
Minha primeira matéria de Redação JornalÃstica. Espero que gostem ^^
E de novo meu muitÃssimo obrigada as administradoras do KDOfficial por terem sido gentis e muito atenciosas comigo! *-*
[obs: tem duas imagens na matéria, mas o blogger se revoltou e não me deixou carregar nenhuma. *chora*]
__________________________________________________
[A inspiração me veio inteira a partir da foto]
Tem dias que eu estou em paz,
que sei que nada de ruim pode me acontecer.
Tem dias, porém, que perco a calma,
perco o chão
e um pedaço d'alma.
Dias em que estou cansada demais
para fortalecer minhas defesas.
Os muros se rebaixam
e então você vem.
Assombra-me com seu sorriso,
seduz-me com suas palavras vazias.
E eu, enfeitiçada, deixo-me levar...
Enveneno-me em doses homeopáticas
de uma mistura de saudade,
dor, lágrimas,
talvez um pouco de amor junto.
Tudo fica escuro à minha volta,
mas mesmo assim eu lhe enxergo.
Você estende a mão para mim
e eu deixo que me toque.
Seu tato frio queima a minha pele,
sinto a dor se espalhando pelo meu corpo
e sorrio.
"Senti sua falta", você sussurra.
Uma lágrima risca seu rosto?
"Eu aprendi a viver sem você", respondo.
Seu rosto se retorce numa careta de tristeza.
Seus dedos viram garras,
você adquire presas,
vira um gigante de fumaça.
Rodeia-me,
acua-me,
mas não me sinto insegura,
apenas triste.
"Você sente saudade de mim"
"Às vezes"
"Pensa em mim com carinho"
"E com medo de lhe chamar"
"Confesse que ainda me ama"
"Eu estaria mentindo"
"Você sabe que está mentindo agora!"
"Eu amo você onde está agora: longe de mim"
Você ruge,
até consegue me assustar um pouco,
e não olho diretamente para você.
"Eu sei que você ainda me quer"
"Longe de mim"
"Perto, bem perto"
"Não"
"Perto o bastante para sentir minha respiração em seu pescoço"
"Pare"
"Ainda se lembra do gosto dos meus beijos?"
"Pare de falar"
"Ah, você lembra... Sente falta?""Não"
"Mentirosa! Você ainda me ama!"
"Cale a boca"
"Você não consegue me afastar completamente"
"Claro que sim""Você sente falta das nossas risadas"
Foi então que eu percebi
que você era vários,
mas um se sobressaÃa
entre os outros monstros.
"Volte para mim"
"Para suas mentiras?"
"Para os meus braços"
"Braços frios, palavras vazias, coração de ferro"
Isso lhe enfurece.
"Eu amo você"
"Nunca amou"
"Como pode provar?"
"Você me abandonou"
Silêncio...
"Você também me deixou"
"É claro. Por que eu iria querer alguém vazio?"
"Preencha-me"
"Não posso mais. Estamos separados para sempre"
Aos poucos você começou a dissipar.
Voltou ao tamanho normal,
à forma humana.
Tocou meu rosto delicadamente
e eu não recuei.
Encostou a tenta na minha e
fechou os olhos.
"Eu quero você só para mim"
Seus lábios roçaram os meus.
"Você não existe mais para mim. Não no mundo real"
"E nos sonhos?"
"Eu irei acordar em breve"
"Posso lhe beijar?"
"Não irei sentir nada"
"Sim ou não?"
"Vá embora"
Consegui abrir os olhos.
Estava claro de novo.
Você (s) havia (m) desaparecido.
Por quanto tempo até o próximo encontro?
Saio de casa com receio de
encontrar seus olhos,
seus sorrisos,
nossos passados.
Não sinto raiva,
nem tristeza,
nem é mais amor.
Fiquei com um buraco
onde cada um de vocês existiam.
Vocês, meus próprios,
pesadelos.
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